O atual sistema alimentar global não tem sido capaz de oferecer uma alimentação saudável, sustentável e acessível a todos, também não vem sendo eficiente para promover segurança alimentar e nutricional das populações.
Somos 8 bilhões de humanos no planeta, mas criamos e abatemos quase 80 bilhões de animais terrestres e um número ainda maior de animais aquáticos todos os anos para consumo. Cada um desses animais precisa de determinada quantidade de terra, água, alimento e energia, produz quantidade expressiva de dejetos e emite, direta e indiretamente, poluentes que serão dispersados pelo solo, ar e água.
A pecuária é extremamente ineficiente na produção de alimento, já que os animais criados para consumo consomem muito mais calorias e nutrientes do que disponibilizam através de carnes e derivados. Em média, aproximadamente 10 vezes mais calorias são usadas para alimentar animais de produção do que aquelas disponíveis em sua carne. Além dos impactos ambientais como perda de biodiversidade, degradação do solo, desmatamento e emissão de gases de feito estufa, o quais são fatores e agravam a crise climática, também são crescentes os inúmeros desafios que se colocam para a sociedade como pandemias, epidemias e resistência antimicrobianas.
O atual sistema alimentar global não tem sido capaz de oferecer uma alimentação saudável, sustentável e acessível a todos, também não vem sendo eficiente para promover segurança alimentar e nutricional das populações.
Somos 8 bilhões de humanos no planeta, mas criamos e abatemos quase 80 bilhões de animais terrestres e um número ainda maior de animais aquáticos todos os anos para consumo. Cada um desses animais precisa de determinada quantidade de terra, água, alimento e energia, produz quantidade expressiva de dejetos e emite, direta e indiretamente, poluentes que serão dispersados pelo solo, ar e água.
A pecuária é extremamente ineficiente na produção de alimento, já que os animais criados para consumo consomem muito mais calorias e nutrientes do que disponibilizam através de carnes e derivados. Em média, aproximadamente 10 vezes mais calorias são usadas para alimentar animais de produção do que aquelas disponíveis em sua carne. Além dos impactos ambientais como perda de biodiversidade, degradação do solo, desmatamento e emissão de gases de feito estufa, o quais são fatores e agravam a crise climática, também são crescentes os inúmeros desafios que se colocam para a sociedade como pandemias, epidemias e resistência antimicrobianas.
Em 2050, 10 milhões de pessoas por ano morrerão de resistência a antibióticos.
Sistemas intensivos de criação de animais, também conhecidos como fazendas industriais, criaram o ambiente perfeito para o surgimento de cepas virais altamente patogênicas, junto com o meio ideal de infecção de seres humanos. É evidente que os sistemas de criação de animais apresentam um nível inaceitável de ameaça à saúde pública global, e maioria das zoonoses (doenças infecciosas de animais que podem ser transmitidas a seres humanos) está ligada à criação e consumo de animais
Atualmente, o surgimento de bactérias resistentes a antimicrobianos é uma das maiores ameaças à saúde global. Patógenos que causam problemas graves como tuberculose, doenças sexualmente transmissíveis, infecções do trato urinário, pneumonia e infecções hospitalares, se tornaram resistentes a uma ampla gama de antibióticos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) “o mundo está caminhando para uma era pós-antibióticos, na qual infecções comuns poderão novamente matar”. Por ano, ocorrem mais de 700 mil mortes devido a infecções resistentes a antibióticos. Se considerarmos o nível atual de dependência de produtos de origem animal, estima-se que haverá cerca de 10 milhões de mortes por ano devido a infecções resistentes a antibióticos em 2050 (mais do que câncer ou diabetes).
Mais de 70% dos antibióticos vendidos no mundo são usados em animais criados para consumo, predominantemente em sistemas de criação intensiva, sendo amplamente administrados a todos os animais (devido à grande vulnerabilidade a doenças infecciosas) para promover o crescimento ou de forma profilática com o objetivo de garantir sua sobrevivência até seu abate. O aumento dessa vulnerabilidade representa não somente um risco de surgimento de cepas virais patogênicas, mas também, um grande risco para a segurança alimentar, aumentando a probabilidade de ocorrência de doenças causadas por patógenos entéricos como Escherichia coli e a Salmonella.
Sistemas intensivos de criação de animais, também conhecidos como fazendas industriais, criaram o ambiente perfeito para o surgimento de cepas virais altamente patogênicas, junto com o meio ideal de infecção de seres humanos. É evidente que os sistemas de criação de animais apresentam um nível inaceitável de ameaça à saúde pública global, e maioria das zoonoses (doenças infecciosas de animais que podem ser transmitidas a seres humanos) está ligada à criação e consumo de animais
Atualmente, o surgimento de bactérias resistentes a antimicrobianos é uma das maiores ameaças à saúde global. Patógenos que causam problemas graves como tuberculose, doenças sexualmente transmissíveis, infecções do trato urinário, pneumonia e infecções hospitalares, se tornaram resistentes a uma ampla gama de antibióticos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) “o mundo está caminhando para uma era pós-antibióticos, na qual infecções comuns poderão novamente matar”. Por ano, ocorrem mais de 700 mil mortes devido a infecções resistentes a antibióticos. Se considerarmos o nível atual de dependência de produtos de origem animal, estima-se que haverá cerca de 10 milhões de mortes por ano devido a infecções resistentes a antibióticos em 2050 (mais do que câncer ou diabetes).
Mais de 70% dos antibióticos vendidos no mundo são usados em animais criados para consumo, predominantemente em sistemas de criação intensiva, sendo amplamente administrados a todos os animais (devido à grande vulnerabilidade a doenças infecciosas) para promover o crescimento ou de forma profilática com o objetivo de garantir sua sobrevivência até seu abate. O aumento dessa vulnerabilidade representa não somente um risco de surgimento de cepas virais patogênicas, mas também, um grande risco para a segurança alimentar, aumentando a probabilidade de ocorrência de doenças causadas por patógenos entéricos como Escherichia coli e a Salmonella.
+70% dos antibióticos são usados na pecuária
A Salmonella é considerada uma infecção zoonótica, sendo uma bactéria capaz de infectar qualquer organismo que possua um trato intestinal e é responsável por mais de 50 mil mortes por ano derivadas do consumo de ovos, carne de frango ou porco contaminados. A aglomeração de animais de várias origens em ambientes pequenos, mal ventilados e estressantes por longos períodos, como acontece nos casos dos transportes de animais vivos por longas distâncias, cria as condições ideais para a propagação de doenças infecciosas e a liberação de patógenos pelas fezes como a Salmonella e a Escherichia coli, presentes nos intestinos dos animais.
Ainda que o veganismo não resolva o problema do uso e prescrição inadequados de antibióticos pela própria população humana, a redução da demanda por alimentos de origem animal seria uma solução eficaz para reduzir o estoque de animais do planeta e, consequentemente, do uso maciço destes e outros fármacos e aditivos.
A Salmonella é considerada uma infecção zoonótica, sendo uma bactéria capaz de infectar qualquer organismo que possua um trato intestinal e é responsável por mais de 50 mil mortes por ano derivadas do consumo de ovos, carne de frango ou porco contaminados. A aglomeração de animais de várias origens em ambientes pequenos, mal ventilados e estressantes por longos períodos, como acontece nos casos dos transportes de animais vivos por longas distâncias, cria as condições ideais para a propagação de doenças infecciosas e a liberação de patógenos pelas fezes como a Salmonella e a Escherichia coli, presentes nos intestinos dos animais.